sexta-feira, dezembro 30, 2005

Hoje espero.. espero por ti
porque sempre te tive em mim
porque sempre soube que precisava de ti
não, não é contigo que quero passar as noites enrolada nos lençóis
tocando-nos no escuro
mas é contigo que quero olhar as estrelas
o céu puro

Porque tu levantas-me
porque tu sorris-me
porque tu adoras-me

Porque tenho um carinho enorme por ti
Porque não te queria desiludir
Porque faço tudo por ti
só para te ver sorrir

Porque dás comigo todos os passos
tudos os bafos
daqueles jogos emociantes
daquelas jogadas enervantes

Porque ajudas a amainar as marés
que ele revolta
porque me proteges da ventania
só com esse teu jeito, com a tua mania

Porque tens uma voz diferente
e és inteligente
porque adoro a tua determinação
e desde cedo conquistaste um lugar no meu coração

Porque talvez a brincadeira não fosse a ideal
ou talvez não a soubemos usar
porque talvez tivesse sido anormal
ou talvez não a soubemos acabar

Porque acho que nunca te mostrei
o quanto te admiro
Porque acho que nunca reparei
o quanto te preciso

Porque partilhamos esperanças infinitas
e prendas bonitas
porque partilhamos o nosso coração
e não deixas que o meu grito seja em vão

Porque ultrapassamos os limites
bons e maus
e em mim ja existes

Porque apesar de tudo
és a minha felicidade
e contigo queria passar a frente disto tudo
com grande humildade

com esperança
com amizade
equilibrando sempre a balança
para que nunca desiquilibrasse

E estes "porques" todos, fazem com que sinta a tua falta, fazem com que sinta qualquer coisa que não sei bem o quê. algo diferente, que não me é indiferente. algo que obriga a água a escorrer, sem eu querer..
Desculpa-me.. não sei se percebes-te, mas é claro que deixo passar.. Queria ter escrito um poema em condições, eu tentei.. mas parece que não deu para mais..
Adoro-te para a vida !

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Dois mundos

E hoje, o sol já não brilha, a lua já não ilumina, a água já não mata a sede, as árvores já não são verdes na primavera, e despidas no inverno. os passarinhos soltam um cantarolar revoltante. já não está calor no verão e frio no inverno. a neve já não é branca. o chão já não se sente, ao mínimo movimento desaba. é inseguro. já não tenho rumo, todo aquele que possa tomar não tem saída. vivemos num labirinto embaraçoso.
não gosto do que vejo, é tudo igualmente.. desesperante?
Fecho os olhos. logo adormeço num sono que não durmo. vou ao teu encontro. está escuro. quero-te tocar, faço bem? não será mais frustrante quando acordar e me aperceber que foi mentira? não interessa porque logo passo a frente.
enrolo-me nos lençóis brancos e suaves que me aconchegam durante a noite. sinto não sei bem o quê, mas vem secretamente tomando conta de mim. é aquela comichão cá dentro, é uma brisa sem cheiro. não sei porque, mas continua a vir. aleija-me e não quer sair. teima em continuar bem no fundinho onde nem a grande tecnologia de que hoje dependemos consegue chegar. Serás tu? porque é que não me avisas? ensina-me o caminho para chegar a ti.. ensina-me a ser aquela que tu anseias todas as manhãs, aquela porque quem esperas todas as noites, aquela que tu tocas no escuro de mansinho. não queres? não gostas de mim? não precisas de mim? então porque é que teimas em continuar dentro de mim?
continuo no meu sono falso.
porque o que sinto por ti é mais do que um beijo, é um tocar suave de lábios.
é mais do que uma simples paixão, é amor.
é mais que duas pessoas de mãos dadas, disfarçando os pecados que cometeram a noite anterior, é um entrelaçar de dedos.
é um olhar penetrante, é um tocar profundo, é a confiança, é o conforto.
continuo de olhos fechados, é o meu outro mundo. é o mundo que não posso ter de olhos abertos. é o mundo em que estamos os dois juntos, a olhar o céu azul, o sol a brilhar intimidando a lua, o barulho do mar batendo na areia sorrateiramente, rodeados de pomares verdinhos. é o mundo a que só tenho acesso na minha cabeça, é o mundo em que posso caminhar sem ter medo do chão que piso, porque certamente que se o chão estremecer e eu tropeçar tu estarás lá para me apanhar. é este o mundo que quero ter quando abro os olhos de novo, ensinas-me?ou não queres?..

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Mais um Natal!

Mais um natal que passou.. Mais um natal que o meu desejo não se concretizou, talvez o pai natal estivesse demasiado ocupado.também ele se esqueceu de mim.também ele me deixou. Mas não me importo, o meu presente era talvez um pouco excedível para ele mo conseguir dar, ou talvez apenas não me tenha portado bem, ou talvez não se tenha lembrado.
Mais um natal em que os meus sonhos esvoaçaram pelos céus brilhantes, mais um natal em que ocupaste os meus desejos infinitos. O teu corpo parecia repartido pelas pequenas estrelas espalhadas pelo fundo azul inalcançável. Voei, voei por uns minutos enquanto rebolava pelos lençóis, no meu sono profundo. cortava as nuvens com uma habilidade incrível. o mundo visto de cima tem uma beleza imaginável, parecia retratar o paraíso que nos é dado a conhecer. o paraíso que não podemos tocar, apenas imaginar. Mais um natal em que o paraíso ficou por viver, por alcançar. Mais um natal que sonhava rasgar todos aqueles embrulhos e que em cada um deles viesse guardado um pedaço de ti, para que depois os pudesse juntar a meu gosto. não fiques preocupado, eu não seria irrealista. juntava os pedaços bons e maus. juntava as virtudes e os defeitos. sairias tu, perfeitinho como só tu o sabes ser. Talvez por instantes não fosses tu mesmo, talvez o egoísmo, ou a esperança sobressaíssem e te roubasse um bocadinho para ficar a olhar-te, a deslumbrar a tua inocência. mas não sei, porque mais uma vez desesperei a desembrulhar. Não apareceste, nem um pedaço mínimo de ti. mas não deixei de sorrir, sorrisos falsos de quem tem, por de trás, uma chama acesa que se perde a cada natal que passa e que não te desembrulho. e eu fico, secretamente, esperando por ti. por um gesto, um olhar, um sentimento que se revele e que faça arder a minha chama. mais um natal, meu amor..

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Amo-te, ou.. Odeio-te!

Deixas que me lembre de nós?..

Lembraste do tempo em que passava noites a chorar por ti? Achava que não gostavas de mim... Que tola ! Ficava com os olhos inchados de tanta água a sair por eles ! E la ia eu, no dia seguinte, depois de mais uma noite mal dormida, para a escola. Aquela imensidão de ar, ou apenas mistura de gases, aquela confusão de caras cheias de sono, aquelas senhoras por quem se deve obedecer, ou apenas ter respeito.. Aquela escola, grande e gira, onde Nós andámos.. E lá estavas tu, a rir-te como era o normal, ou a chorar, lá estavas tu pronta para mais um dia em que irias sair por cima, mais um dia em que me irias desprezar sem te aperceber, ou apenas não me dares a atenção que eu queria, ou precisava; lá estavas tu.. minha irmã, disposta para todas as negativas que a vida te pudesse dar. Sabias que eras a minha heroina? eu dizia a minha mãe que queria ser como tu.. Mais uma vez, que tola.ou não, é normal as crianças terem herois, não?seria assim tão parva? não sei, só sei que era feliz, era da tua altura (:
E agora?agora sou um metro mais alta que tu, agora sei o teu segundo nome e o quanto traumatizante isso é, agora percebo-te, ou não.mas tento. agora começo-me a aperceber o quanto importante tu és. "O grupo continuará junto". preciso de ti, ou mesmo de ti! Agora, ate recebo pedaços de papel teus, que sorte ! qd os abro choro, agora volto a chorar como antigamente.agora choro, à noite ou de dia, mas agora não choro por achar que não gostas de mim, mas por ter a certeza que me amas! Que tola, alguém nesta idade ama? talvez.ou não.Não interessa, sonhar é bom, ou não. que seja!Agoro choro por me lembrar dos tempos em que as lágrimas caidas tristemente, te tinham por tras!agoro choro por saber que todas as minhas lágrimas fizeram sentido, todas aquelas noites tiveram um proposito,todos aqueles sorrisos eram sentidos,todas aquelas palavras eram sinceras.choro porque as memórias deixam saudade! Saudade.. tenho saudade, mas tenho o presente que me consola. o grupo continua junto, e tenho-te a ti e a ela! não,não vos vou descrever, é uma tarefa algo impossivel, ou não, voces sao perfeitas.alguém é perfeito? têm defeitos que vos tornam especiais, virtudes que vos destacam, personalidades marcantes e diferentes, têm cheiros bons.ou maus, têm caracteristicas unicas! vocês sao imperfeitas, são essas imperfeições que vos tornam tão.. perfeitas? Mas e agora tu.. amo-te? ups, não sei o que é isso.gosto de ti? sim(: mas eu gosto de muita gente, isso não chega. A lingua portuguesa é muito limitada, desculpa-me.não sei bem o que és para mim. Olha.. hoje choro, porque os "eras" continuam bem assentes no meu coração e nos meus olhos.olha mais uma coisa, odeio-te! (:

sábado, dezembro 10, 2005

Parabéns Felicidade!


Parabéns minha amiga! :)

A Sofia é minha amiga, eu conheço a Sofia há pouco tempo, a Sofia goza comigo, a Sofia goza com os meus olhos, com as minhas caras e com o meu nariz, a Sofia é parva, a Sofia faz-me ir do gira ao continente à procura de nozes, a Sofia não me deixa tirar fotografias, a Sofia domina a ginástica, a Sofia faz caras queridas, a Sofia não faz abreviaturas nas mensagens, a Sofia joga basquet, a Sofia faz-me ir ver jogos quando tenho 70 paginas para estudar, a Sofia faz-me perguntas de geologia, a Sofia fala comigo de gajos, a Sofia deu-me um gancho giro, a Sofia deu-me a corrente da amizade, a Sofia come torresmo, a Sofia tem uma casa gira, a Sofia tem um portátil que ama, a Sofia gosta que lhe dêem valor, a Sofia merece que eu esteja aqui a perder o meu tempo, a Sofia é fixe, a Sofia é teimosa, a Sofia é inteligente, a Sofia é complicada, a Sofia é determinada, a Sofia é aquela me levanta quando estou prestes a cair, a Sofia é querida, a Sofia é gira, a Sofia tem uma voz diferente, a Sofia tem imaginação, a Sofia é minha amiga, a Sofia tem as suas marcas bem definidas, a Sofia ajuda-me quando preciso, a Sofia é fenomenal, a Sofia é única, a Sofia é especial!
Poderia estar aqui toda a noite a elogiar-te ou a criticar-te mas não são meia dúzia de palavras que vão mudar aquilo que acho. Porque apesar de tudo... a Sofia põe-me alegre, porque a Sofia é a minha FELICIDADE! E sabes que mais? a Teresa adora a Sofia :)
Adoro-te à distância e para a vida Felicidade =p Viva os limites xD

Natal juntas!


Sento-me no confortável sofá junto á lareira radiante que me aquece os pés, a alma. As crianças correm de alegria, soltam gritos de euforia, anseiam as 12 badaladas para abrirem os presentes.
Lá fora neva, as pequenas bolas de neve caem em sintonia. Parece que também elas celebram o Natal, juntam-se, aquecem-se, alegram-se, cantam reproduzindo o barulho de chuva, formando aglomerados de bolinhas que dão um aspecto unificado. Decido sair, aperto o cachecol, calço as luvas e caminho à procura de algum sossego. A noite estava iluminada, o frio aperta, vou andando por entre aquelas árvores despidas, ouvem-se as canções bonitas, as estrelas cintilam iluminando o meu caminho. Continuo a andar em direcção ao nada, mãos nos bolsos, gorro na cabeça, coração quentinho.
Olho pela janela e vejo-a sentada no chão, com um gesto de desespero, agarrada a uma fotografia, as lágrimas correm pela face, cada uma mais furiosa que outra.
Começo então a relembrar-me… o que será o Natal para ela?
Ela a quem lhe falta ele, ele que a fez, ele que a criou, ele que a viu nascer, ele que a ensinou a andar, ele que a protegeu, ele que a amou, ele que dava a vida por ela, ele que partiu sem se despedir, sem lhe dar oportunidade para lhe dizer que o amava, ele que a deixou desamparada, ele que a deixou sem rumo.
É Natal, o primeiro que passa sem o ter, e agora? Onde está a felicidade, a alegria, os sorrisos e os abraços que eram característicos daquela casa nesta época? O Natal deixou de ter sentido… Passa noites a gritar em vão, a injustiça apoderou-se da vida dela.
Só agora me apercebo que também eu a deixei, também eu lhe deixei de falar, de a aconselhar. Sinto-me a pessoa mais cruel do mundo, como consegui ser tão egoísta ao ponto de a deixar? Foi preciso chegar o Natal para me aperceber disso.
Desculpa-me… Sei que não o subsisto-o, mas vamos passar o Natal juntas de novo?

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Lembras-te ?


Lembras-te daquele dia ?
Esse mesmo…
Quando tudo se começou a desenrolar, quando pela primeira vez soaram as palavras “amo-te” nos meus ouvidos.
Aquele curto caminho de minha casa ao sítio, ao “coiso”, esse lugar magnífico que reservei só para ti… Esse caminho de talvez 200 metros que parecia infinito! Nunca mais chegávamos, mas não fazia mal, estava contigo… sabes aquele nervoso miudinho quando estamos perto da pessoa que amamos? também sentiste? Sabes aquela sensação quando te apercebes que estás a corar, e tentas disfarçar? Também sentiste?
E quando chegámos ao maravilhoso sítio de sempre, lembras-te do que viste? Aquele Coimbra todo, aquela água que reluzia, que reflectia a luz solar, que nos parecia que queria unir, que parecia adivinhar o que se ia suceder, aquela “selva” que estava mesmo debaixo de nós, lembras-te? E os minutos que se sucederam, aqueles longos e dolorosos minutos, lembras-te? E aquele momento? Aquele momento em que me abraçaste, aquele instante em que os nossos lábios se tocaram pela primeira vez, lembras-te? foi tão… magnifico, maravilhoso, memorável, estupidamente incrível! Esses segundos que se seguiram e que foram interrompidos por um acto involuntário estúpido, mas… lembras-te?
E aquele?
Aquele em que partimos para lá de manhã cedinho, ainda o sol tinha acabado de acordar, os raios tentavam espreitar por entre as nuvens, ai fomos de comboio, para lá… Aquele sítio fabuloso! Lembras-te? Lembraste quando chegámos? Quando pisamos aquelas pedrinhas que eu odeio, mas que naquele momento pareciam fazer cócegas? Quando nos deitamos, sem toalha por baixo, quando me aconchegaste, quando nos beijámos, lembras-te? Eu lembro, e relembro esse dia como se fosse hoje… Foi fabuloso!
Lembraste no dia que se sucedeu? No grande pavilhão do Olivais… quando tu me perguntas-te?
E dos 90 dias que se seguiram? Ainda te consegues lembrar?

Só te queria dizer, que não me esqueci… Não me esqueci mesmo! E quando me lembro, as lágrimas voltam a cair, quando recordo, as saudades apertam…
Obrigada por tudo, terás um lugar guardado no meu coração, para sempre…!
Mas olha, lembras-te?
“I’d do anything”

terça-feira, dezembro 06, 2005

És tu...

Não há palavras para descrever o que sinto
Sinto-me vazia, cheia do nada
Sim tu… tu nem sequer me olhas nos olhos quando me perdes perdão
Tu dizes-me olá quando não quero
Quando preciso de ti desprezas-me
Aumentas a esperança irredutível que existe em mim
Remetes-me para um mundo de fantasia
Fantasia, pura irrealidade
Vivo nos sonhos inconcretizáveis
Vivo numa mentira
Eu sei que sim
Mas não consigo sair dela, nem quero
Já reparaste no que me fazes ?!?
Porque é que finges que te sentes arrependido ?
É apenas boa educação…
Tu não tens mesmo noção
Daquilo que eu sinto por ti
É o teu olhar que quero
É a tua mão que quero pressentir
É os teus lábios que quero tocar
É o teu coração que quero ter
Foste tu que apareceste sem aviso na minha vida
Que lhe deste sentido
És tu que me fazes acordar de manha
Sonhar a noite
És tu que me das força para me manter nesta dura caminhada
És tu que me fazes conseguir coisas inacreditavelmente possíveis
És tu, o dono do meu pensamento
És tu que me confortas
És tu que guias o meu destino
És tu que me fazes rir
És tu que me fazes chorar
És tu que me fazes sofrer
És tu me fazes desesperar
És tu que me fazes errar
És tu... és tu quem eu quero
És tu quem eu preciso
E a minha vida… a estes “tu’s” se resume….

Preciso-te !

No dia em que te afastas
Sinto um vazio a crescer
Feridas abrem-se por todo o meu corpo
Feridas que não saram
Feridas que doem profundamente
Um silêncio invade o meu mundo
Palavras tristes fazem vibrar as cordas vocais
Água tende a sair pelos meus olhos
Olhos que se enchem de escuridão e frustração
Tudo o que vês é pura verdade...
Como fui capaz?
Como fui capaz de te deixar escapar
Se fazias parte de mim?
Se me deste conforto quando mais ninguém deu?
Se por mais longe que estivesses sentia-te sempre comigo?
Se contigo passei os melhores momentos da minha vida?
Se contigo passei momentos de cumplicidade inexplicável?
Se me remetias para um mundo de fantasia?
Eras tu…
Eras tu que eu queria ter para sempre
Era de ti que precisava,
Não podias mais sair!
Estavas tão bem comigo
Transformavas os dias chuvosos e frios
Em dias em que os raios solares me aqueciam
Contigo estava sempre quentinha
E protegida de todo o mal
Contigo eu sabia que o meu futuro me ia sorrir
E contigo ia realizar os meus sonhos
Porque?
Não percebes que não sei ser sem ti?
Não percebes que a cada minuto que passa te sinto mais longe?
Não te apercebes do meu ar doentio quando me dizes não?
Não te apercebes da escuridão que me rodeia quando desvias o olhar quando passo por ti?
Para que falar em agonia
Se qualquer gesto feito por mim
Perde todo e qualquer significado
Quando não é feito para ti
Para que falar em felicidade
Se qualquer desvio de olhar que facas
Me deixa numa imensidão de tristeza
Para que falar em amor
Se todo aquele que tenho
É direccionado para ti
Porque?
Porque é que me falas assim
Se sabes que sofro
Porque é que me olhas assim
Se sabes que choro

Mas afinal de contas…
Para onde vais?
E já agora, quem és tu?
Só sei que te amo...

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Sempre estive aqui
Sempre te protegi
Mesmo quando não me ouvias
Mesmo quando não pressentias
Eu estava mesmo aqui
Só tu não te apercebias

Sempre que te rias
Eu juntava-me a ti
Ate mesmo quando choravas
As minhas lágrimas seguiam as tuas
Mesmo quando não me pedias
Eu estava mesmo aqui
Só tu não me ouvias

Aconcheguei-te no alento da noite escura
Gritei-te ao ouvido
Mas mantiveste-te surda
Sonhei contigo
Acordei ao teu lado
Mesmo quando não me sorrias
Eu estava mesmo aqui
Só tu não me sentias

Amei-te
Chorei e desesperei
Ouvi-te e aconselhei-te
Mas isso não foi suficiente
Decidir tentar
Mas acabei por me conformar
Mesmo quando tu não querias
Eu estava mesmo aqui
Só tu não me vias

…E eu continuarei aqui

Tenho medo


Tenho medo... o vento sopra la fora com uma furia danada, parece que vai partir tudo o que lhe aparece a frente, esta escuro, estou sozinha, deitada e desprotegida, dada ao deus dara, sujeita a que me aconteca uma desgraca.. e tu, longe !parece que o vento te leva, agora ainda com mais força.. para mais longe.. preciso de ti! chamo-te, grito o teu nome, estendo o meu braço.. mas e tarde demais.. o vento ja te levou! Será ?...
E ao longe vejo uma luz, es tu… nadas desesperadamente neste oceano imenso a tentar dar a costa, mas a corrente dificulta, entro pela agua gelada que se entranha nos meus ossos.. nao ligo, nao te posso perder, luto agora para te puder salvar. Vejo ao longe um remoinho, tento ir na direcção contraria, inevitável… em fracções de segundo fiquei presa, uno todas as minhas forças que agora se esgotam cada vez mais depressa, mas consegui libertar-me... continuo braçada a braçada, respiração a respiração, a tentar chegar perto de ti. cada vez o cansaço se espalha mais, cada vez e mais dificil inspirar o ar, tudo a volta se resume a ti ! estou tao perto... mas tu continuas sem me ver… apercebo-me que as tuas forças se estao a perder ! Ainda tenho forças para nadar mais uns metros gritando o teu nome sempre que a minha cabeca vem fora de agua.. nao me ouves.. o desespero rodeia-me, a tristeza cerca-me, as recordacoes enchem a minha mente, a agua a sair dos meus olhos confunde-se com a agua salgada do mar, o fundo azul claro do mar transforma-se agora em cinzento escuro, sinto-me perdida, aquilo de que eu necessito para viver esta prestes a matar-me ! Não desisto, es a única coisa que me mantem viva, luto para te alcançar, já pressinto o teu calor, a tua respiração ofegante, e tu… tu continuas sem me ver, sem me chamar, mas eu nao desisto… nao consigo mais, algo me puxa para baixo, bato com os pés, faco forca com as maos, mas nao consigo, estou presa, sinto-me fraca, o meu coracao bate cada vez menos, não deixo de pensar em ti, ainda te vejo, grito por ti, mas não me ouves, estas cada vez mais longe… perdi-me ao tentar encontrar-te, quanto mais me aproximava mais longe tu parecias estar… e fiquei ali, sozinha, perdida, pálida, triste, enfraquecida, revoltada, desesperada, a tua espera…
Assim ficarei ate ao dia em que me venhas aconchegar, amar, proteger, ajudar, e salvar dos remoinhos perigosos desta vida.
Parece que mais uma vez o meu grito foi em vão… !