domingo, novembro 19, 2006



P' la janela, mal fechada
Entra já a luz do dia
Morre a sombra, desejada
Numa esperança fugi um dia
Foi uma, noite sem sono
entre saliva e suor
com um travo, de abandono
e gosto a outro sabor
Dizes-me até amanhã
que tem de ser, que te vais
porque o amanhã, sabes bem
é sempre longe demais
acendo mais um cigarro
invento mil ideais
só que amanhã sei-o bem
é sempre longe demais
P' la janela mal fechada
Chega a hora do cansaço
Vai-se o tempo desfiando
em anéis de fumo baço

Nunca achei que o amanhã fosse longe demais, nunca sequer desenhei essa possibilidade no que nos toca. queria-te dizer que já nada está bem: tu já não caminhas da mesma maneira, nem tão pouco falas tão bem (como eu gostava); mas tu não estás ca e a massa está por comer. parece dificil entender e os meus lábios secaram da falta da tua testa.
Até amanhã (e ainda espero que nao seja tarde demais).