terça-feira, janeiro 16, 2007



O fecho do saco da viola desaperta-se, devagarinho. Viola no colo, sede de segurança, os dedos deslizam um pouco atrapalhados e esquecidos do espaço; continuam com medo de desafinar, como se essa fosse a música da sua vida. o coração rompe a alma, e acompanha cada acorde com uma cumplicidade inalcansável. A música que define a alma, aquece o coração, organiza a cabeça, salta na calçada das cidades. A nossa música. A música que nos acompanha, em cada esquina de Coimbra, Figueira, Barra ou Barcelona, a letra borratada com chocolate, completada por ‘Previous in Prison Break/OC’. O corpo dança noite fora em passos conhecidos, um mergulho no mar, um mundo a roda. A loucura e a serenidade, em tons graves e agudos. Flash : mais uma peça do puzzle que completa o sorriso das Alegrias.

a seguir é o fá (desafina) – bolas, foi-se embora sem se despedir, mudou de lista e anda estranha – passou. A música continua, ainda não foi preciso comprar afinador, há quem diga que uma massa eurotropico e um beijinho na testa resolvem o problema.
Acorda, vira a cabeça na almofada molhada do sal das lágrimas: Ele! Phones: música, passa o tempo. 13h – “ O habitual se faz favor”; as lágrimas secaram.
E a nossa historia não passa de uma melodia, de uns acordes, de uma música; mas não me deixes, nunca, ‘porque afinal de contas acabamos sempre por sentir falta da nossa história e ter saudades das personagens’.
Não duvides, eu quero que seja p’ra vida! E sempre que aparecer o fá, vou cantar com segurança : “ Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo”


Amo-te